terça-feira, 28 de agosto de 2007

O Prefeito reclamão

Havia uma cidade que era gorvernada por um esquilo. Este esquilo era esperto, letrado e tinha um raro gosto por pinturas surrealistas, mas tinha um GRAVE defeito...
Não havia dúvida que nenhum prefeito havia sido melhor que aquele, mesmo que a cidade nunca confessasse isso e mesmo que não aparecesse nos outdoors ou nos jornais.
Mesmo sendo muito bom, e tendo o amor daquela pequena cidade, o prefeito por achar que dava o máximo de si, sempre exigia muito da cidade: ele reclamava porque os habitantes ainda jogavam lixo em algumas calçadas, porque as crianças estavam quebrando as vidraças, porque a parede da prefeitura estava descascando, porque as árvores não estavam no tom de verde que deveriam estar, porque os pássaros tinham pego uma gripe, porque os imigrantes não viajavam muito pra lá, entre outras milhões de coisas.
Um dia apareceu um rato metido a pilantra e enganador, estudou a cidade por alguns dias e bolou o seu plano. Reuniu os habitantes e perguntou se já não estava na hora de uma eleição, se não queriam um novo prefeito. Como todos amavam o prefeito, apesar de não apertarem sua mão nas passeatas, todos disseram que não.
Mas o rato não estava nem aí, lançou sua candidatura e que surpresa!
Ganhou a eleição.

E comandou bem. E mudou aquela população apenas com seu jeitão de "não estou nem aí, pois eu sei que vai ser como eu quero". E o que ele queria, era o que a população sempre desejou: deixar de ser atrapalhada e construir uma linda cidade.

O bom esquilo nunca entendeu bem porque a cidade não colaborou com ele... Logo ele, tão paciente e tão bom!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Um sonho...

Nossa história se passa em um reino distante, repleto de conflitos, traições e ratos.
Um príncipe muito invejado, cheio de inimigos e com uma bela barba ruiva governava este reino enquando seu pai caçava babuínos e coçava as costas.
Numa estratégia para expandir seu poder, o príncipe e o Rei concordaram em pedir a mão da filha de um rei vizinho em casamento. Esta seria, talvez, a última forma de tantar apaziguar o seu Reino e livra-los dos ladões, assassinos e principalmente dos ratos.
O Rei do reino vizinho concordou com a proposta, e a princesa foi enviada para o reino do nosso príncipe para conhecer seu futuro marido e para ajudar a organizar o casamento.
Para surpresa do príncipe, a moça era de esplendorosa beleza, presença encantadora e de um cheiro muito bom, não demoraram duas semanas inteiras e ambos já estavam perdidamente apaixonados.
Acontece que havia uma lenda, uma lenda sobre uma Prata que vinha das minas Isidor, só um infortunado homem em todo o mundo havia chegado a essa mina e pego um pouco de sua Prata.
Com ela forjou duas peças, ninguém soube necessariamente que forma tiveram nem se ao longo dos anos elas ganharam outra forma. Ficou com uma das peças e presenteou a sua amada com a outra. Um dia, pego em uma emboscada foi mortamente ferido, mortamente no sentido literal da palavra, mas por uma grande ironia do destino e da lógica nem uma Flecha do Magos no coração explodiu sua vida. (As Flechas dos Magos explodem quando se aproximam de uma superficie sólida). O homem se jugou o mais sortudo dos homens e prosseguiu sua viagem radiante. Chegando na cidade de sua amada, o homem se matou. Descobriu que sua amada havia morrido, sem nenhuma causa explicável, seu peito simplesmente havia se aberto.
Só um homem em toda a cidade acreditava nessa lenda, e este homem era o conselheiro do príncipe, amigo infiel e invejoso. Quando avistou a princesa algum monstro subiu a sua cabeça e começou a datilografar o pior plano maléfico já pensado em toda a Terra. Ele tinha pouco tempo até o casamento, mas com sua astúcia trilhou todo o caminho das peças de Prata. Muitos homens viam presentiando seus inimigos, ou amigos com àquelas peças, não foi difícil achá-las, pois histórias de mortes misteriosas rondavam por toda a parte.
Um dia, sugeriu sutilmente a um nobre que presenteasse o príncipe com dois lindos anéis de prata e lhe vendeu por um preço desprezível.
Uma fiel criada e amiga do príncipe ouviu falar sobre algumas mortes misteriosas relacionados a alguns presentes geralmente feitos de uma linda prata. Comentou isso com o príncipe em uma conversa que tiveram e viu que ele ficou muito preocupado. Tirou um anel do dedo e correu para o quarto da princesa, acompanhado da sua criada, quando lá chegaram pediu a criada que repetisse a sua história e pegou o anel que havia entregue a princesa.
O príncipe, um pouco desconfiado ainda, procurou informações na sua biblioteca, mas não as encontrou. Foi então que chamou um Mago do local e lhe indagou sobre os anéis. O Mago contou a lenda, e vendo os anéis surpreendeu-se. Acontece que aquela prata era diferente das outras, tinha um quê de pureza e um quê de sedução. Eram elas as peças feitas com a Prata de Isidor.
-Quem lhe deu estes anéis, tem sua vida dentro do seu próprio corpo agora
-O que isto quer dizer?
-Que ele não pode morrer! Se ele for mortalmente ferido quem morre é você! A não ser...
-A não ser o quê? - disse o príncipe quase adivinhando a resposta
-A não ser que você tenha dado este presente a alguém
- Eu dei! Mas eram dois anéis, o que isso significa agora minha vida e da princesa está dividida entre nós?
- Não! Quem lhe deu este presente devia esperar isso, mas ele não deve saber que cada anel tem poder separado.
-Como assim?
-Quer dizer que você morre se quem lhe deu isto for muito ferido, e se acontecer de você ser gravemente ferido antes desta pessoa, quem morre é a princesa.
- O que eu posso fazer então?
-Dê o outro anel a princesa e diga-lhe para dar a um inimigo
- Eu não posso fazer isso! Não há outra forma?
- Há sim...Dê o anel a princesa e diga-lhe para dar o dela, assim o feitiço se anula!
O principe e a princesa combinaram de fazer isso no outro dia, exatamente o dia do seu casamento. Pediram a criada que colocasse os anéis em uma bandeja e levasse para o altar. O conselheiro percebendo que seu plano não estava tão certo pediu a um garoto que trabalhava no castelo para trocar os anéis da bandeja por dois que ele havia lhe entregue, como a prata não era igual pagou a um outro mago para que colocasse um feitiço de confusão. O menino procurou a bandeja por toda parte e a encontrou somente quando a criada já se dirigia ao altar. Aproveitou o movimento da mutidão para jogar os falsos anéis na bandeja, mas quando lebembrou de pegar os verdadeiros não conseguia mais dizer quais eram. Saiu correndo antes que a criada notasse sua presença, pois ela ainda lutava contra a maré de pessoas.
Quando ela chegou ao altar e olhou para a bandeja, ficou horrorizada ao descobrir que haviam 4. tentou avisar ao príncipe e a princesa, mas eles não ouviram. Deixou a bandeja numa mesa e tentou mais uma vez avisá-los. Então o conselheiro chegou e vendo os quatro anéis vibrou de raiva. Tentou distinguir os verdadeiros e descobriu que três anéis emitiam o mesmo brilho de um lado, pegou os três, guardou no bolso e correu, pois já ouvia os passos da criada.
A criada pegou o anel restante e desesperada saiu a procura do Príncipe, este estava em um quarto com a princesa muito relaxado.
Ela insistiu para que ele guardasse o anel, pois suspeitava que alguém estivesse tramando alguma coisa contra ele.
Desceu as escadas e encontrou a multidão em pânico, pois o castelo estava sendo atacado.
Capturaram a criada e a interrogaram sobre o lugar onde o príncipe estava, ela disse que não sabia, conseguiu se soltar e saiu correndo, o inimigo preparou seu arco e atirou um Flecha dos Megos na criada. Ela caiu e nesse momento deu um grito de desespero!
Não estava morta, mas tinha acabado de matar seu único filho.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Títulos de Ônibus 1

Na Paraíba o nome dos ônibus ou é o nome do local pra onde ele vai ou é alguma cor tipo: AZUL, CINZA!
Aqui no Maranhão eu não sei qual é a lógica que eles usam, quer dizer, tem altos nomes que é nome de bairro, a maioria até, mas tem uns que sabe lá de onde veio!
Hoje eu tava na parada quando do nada eu leio: Operária - São Francisco
tipo, normal, nome normal de ônibus, mas resolvi fazer uma brincadeira. Vendo que o ônibus ia lotar, eu disse:
- Tadinha da operária, não sei como ela consegue carregar essa galera!
Aí o meu companheiro de Parada disse:
- Que nada! ela tem a ajuda de São Francisco!!

Aí eu resolvi! Vou seguir o raciocínio:
- Éguas, tem uma galera que vai pra esse parque, né?
- Que parque, o golden?
- Não o PARQUE da VITÓRIA!

- Ei rapá, num pega esse ônibus não...
- Porque?
- É que um amigo meu me contou uma história outro dia...
- Que história?
- Rapaz, meu amigo tava nesse ônibus carregando um pote, aí du nada, o ônibus passa vuado numa ladeira e num é que QUEBRA o POTE!

continua...

quinta-feira, 9 de agosto de 2007


Era uma vez uma garota clara e loira com uma vida normal e desejos iguais aos das outras garotas. No seu quarto havia uma grande janela, limpa e brilhante. Um dia, sentada na sua cama, parou para contemplar a vizinhança: a bonita rua de pedras e todas as casinhas de madeira parecidas que davam uma incrível sensação de aconchego. Sem falar das árvores com folhas amarelas que completavam a visão.

Eis que invadiu sua visão e sua melancolia, uma curiosa silhueta. Apenas uma pequena sombra com cabelos esvoaçantes... Fitou aquela sombra como se não houvesse mais outra coisa no mundo, a cabeça rodou, delirou e olhou, mais uma vez, mesmo que em nenhum momento tivesse parado de olhar.

A silhueta captou aquele olhar, e poderíamos dizer até que foi isso e não uma brisa gelada que fez todo o seu corpo vibrar, voltou-se para janela que escancarava aquele olhar tão belo e tão...conhecido. A silhueta era um garoto. Ele respirou fundo e andou até a janela, parou a menos de um metro e sem tentar exprimir uma palavra ficou lá por meia hora conversando com aqueles olhos.

No dia seguinte os amantes repetiram o mesmo encontro, entre a mesma janela e no mesmo horário. Prosseguiram assim por um mês, dois e mais... Sem nunca trocar uma palavra, sem nunca arriscar...

E o inverno chegou para embassar aquela janela, e a poeira ali já fazia residência, mas a menina não limpou...deixou que o vento e a sujeira cobrissem todo o vidro, antes tão limpo e brilhoso. Restava ainda uma fresta e por ela, a menina percebia os olhos do garoto, todo dia, no mesmo horário. Até que a cruel poeira a cobriu por inteiro, mas a menina continuou ali, todos os dias no mesmo horário e jurava sentir a presença do amado.

O inverno ficou mais rigoroso na sua janela, cada vez mais frio.

Um dia entrou no quarto e encontrou a janela limpa, seu coração disparou, ela poderia enfim ver aqueles olhos sedosos e esquivos novamente, esperou pela hora com o coração na mão e ela tardou, mas chegou:

As árvores mudavam agora o tom da visão, estavam verdes e convidativas, mas isso não importava, o que importava era aquela forma brilhante cortando as ruas, era ele, ela sabia...
Ele andava distraído, nem parecia saber para onde ia, porém inconscientemente parou na rua no ponto que ficava em frente a casa da garota.

Ela esperou, mas ele não veio.

Voltou as costas para aquela janela e se dirijiu a porta da casa que ficava em frente, tocou a campainha e a porta se abriu. De lá saiu uma garota, trocaram algumas palavras e prosseguiram pelo resto do caminho de mãos dadas.

E a garota nunca saiu da janela...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

A função de sempre.

"Um martelo serve para martelar pregos" já dizia sabiamente um desses filósofo de botequim.
Mas com essa era digital acho que será preciso que mais um desses filósofos beba por mais algumas horas em um bar para atualizar essa frase. É simples como apertar F5
"Um blog serve para as pessoas escreverem sobre os seus pensamentos" disse um doido que passava em frente ao bar e deixou todos boquiabertos!
Bem, é verdade! E já que eu sou só mais uma pessoa como todas as outras, cheia de caraminholas na caixola, eu venho humildemente compartilhar-las com as teias da Web...
Eu acho que ninguém pode me ajudar, mas eu sempre me pergunto, já cansei, inclusive, de me responder 'não sei', e resolvi publicar a minha dúvida: Como se deixa de ser uma pessoa fria?
É uma pena que esse tipo de resposta não tem no google!
Será que tem alguém que já conseguiu isso?
Tomara, torço pelas pessoas como eu, para que elas consigam ser bem melhores do que eu sou!
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